Reflexões sobe as competências e habilidades dos familiares que trabalham na empresa

Há poucos meses pude cocriar espaços de aprendizagem organizacional com o depto. Recursos Humanos de uma empresa familiar do agronegócio brasileiro.

Esses espaços têm a replicação descentralizada daquilo que é necessário dos Recursos Humanos para que uma dada localidade dessa indústria realize, por exemplo, programas de capacitação humana organizacional às lideranças familiares daquela região.

Trarei neste e no texto seguinte, reflexões sobre as competências e habilidades aos familiares que lá trabalham; essas observações ocorreram durante um módulo sobre a gestão estratégica de pessoas.

A empresa familiar aqui considerada investe na capacitação do pequeno produtor e contribui para que a produção seja vendida com agilidade e qualidade.

Ela também investe nas tecnologias: do plantio, da colheita e da entrega da produção às cooperativas que participam como associados; devolve insumos e dividendos da riqueza comercializada.

Em um elo final: divulga e promove os produtos no meio social através de ações humanitárias, possibilitando releituras às distribuições dos ganhos.

As competências tecnológicas à disrupção digital e inovação aberta receberam atenção para a participação escalar no mercado, combinando as relações internas e externas aos desenvolvimentos de novas tecnologias em produtos e processos. Por exemplo, práticas à agricultura de precisão, leitura das condições do solo por meio da nanotecnologia e escoamento da produção com análises vindas de plataformas SmartCities e Blockchain.

“Segundo a união Européia, Smart Cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais e serviços para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade”. Fonte: FGV PROJETOS. http://fgvprojetos.fgv.br/noticias/o-que-e-uma-cidade-inteligente

“O blockchain é uma tecnologia que está baseada em 4 fundamentos: o registro compartilhado das transações, o consenso para verificação das transações, um contrato que determina as regras de funcionamento das transações e a criptografia”. Fonte: IBM Systems Brasil Blog. https://www.ibm.com/blogs/systems/br-pt/2017/06/05/blockchain-o-que-e-e-como-funciona/

“A Agricultura de Precisão é um tema abrangente, sistêmico e multidisciplinar. Utiliza instrumentos e sensores para medidas ou detecção de parâmetros ou de alvos de interesse no agroecossistema (solo, planta, insetos e doenças)”.
Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. https://www.macroprograma1.cnptia.embrapa.br/redeap2

Como resultados dessas competências, operações de um dado seguimento de plantio diminuiram a incidência do retrabalho e a replicação de informações on-the-fly na cadeia de valor da organização. Foi ampliada a descentralização e parcial desmaterialização da produção devido a escalabilidade, a segurança e o controle vindos das plataformas utilizadas. Foram também implementadas soluções IoT (Internet of Things) que possibilitaram aos colaboradores familiares, com afazeres algorítmicos e já replicáveis por máquinas recebessem capacitações à progressão profissional.

Internet of Things (IoT) é uma infraestrutura global para a sociedade da informação, que oferece serviços poe meio da interligação de coisas (fı́sicas e virtuais), com base nas tecnologias de informação e comunicação existentes e em evolução. Fonte: European Research Cluster on the Internet of Things (IERC) www.internet-of-things-research.eu/

Esses resultados foram compartilhados via os espaços de aprendizagem aos líderes familiares de toda a empresa, estimulando o constante olhar aos modelos de negócio que possam demandar releituras de forma ágil e inovadora: levando à sobrevivência e longevidade o negócio com o progresso do seu posicionamento nos mundos físicos e virtuais; neste último há a utilização de mapas junto às dimensões da mudança (e.g. flexibilidade, adaptabilidade, compartilhável, replicável e escalar), facilitando a visualização dos públicos de relacionamento da organização.

(… continua em próximo artigo)

 

(Texto escrito em português Brasil)

Leandro Alves da Silva.

Learning & Development Business Partner e docente do ensino superior.

https://www.linkedin.com/in/leandro-alves-da-silva-a226764a/

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