Sou um líder solidário. Fui um operário, reconheço o valor do trabalho“, é assim uma das formas como se apresenta José Teixeira.

A origem do grupo DST remonta aos anos 40, com a extração de inertes pela família Silva Teixeira e o fornecimento de materiais para a construção do Estádio 1.º de Maio, em Braga. Somente em 1984 foi constituída a sociedade Domingos da Silva Teixeira & Filhos, Lda.

Depois de “muita pedra partida”, surge um grupo que emprega mais de dois mil trabalhadores e de €400 milhões de faturação, e tem como seu líder José Teixeira.

Com uma personalidade e posicionamento distinto da maioria dos líderes empresariais – aos 19 anos levava trabalhadores ao teatro (em carrinha de caixa aberta) – em março participou no podcast do Expresso, “O CEO é o limite”, do qual me atrevo a destacar alguns excertos para incentivar e aconselhar a escutar o mesmo na sua totalidade.

  • Desde muito cedo que estudava e trabalhava
  • Aos 16 anos geria uma pedreira com vários trabalhadores
  • Segue um princípio baseado na posição de Herberto Helder de que “tudo pode ser outra coisa”
  • Possuem trabalhadores e não colaboradores
  • Modelo de avaliação de desempenho no qual 60% é assumido pelas chefias e 40% autoavaliação, onde existem perguntas como “Assististe a algum espetáculo no camarote da DST no Theatro Circo? Foste a alguma exposição? Leste algum livro?…”
  • Ministram aulas de filosofia (em horário de trabalho) com a participação de 480 trabalhadores
  • Incentivam os trabalhadores a efetuarem formação de nível superior em diversas áreas profissionais (TeSP – Técnicos Superiores Profissionais), colaborando na sua estrutura e conteúdos que envolvem áreas como estética, neurociência, história da arte e ciência … “porque as coisas bonitas funcionam melhor
  • O retorno neste tipo de formação versus a mais tradicional, é um múltiplo de 100, pois só assim o grupo conseguiu entrar com sucesso em diversas áreas de negócio impensáveis

 

Os Maias, Episódios de uma vida romântica, Ângela Berlinde

Os Maias, Episódios de uma vida romântica, Ângela Berlinde

Das múltiplas iniciativas ligadas às artes destaco um desafio colocado à Ângela Berlinde (Ângela Mendes Ferreira) para a criação de um livro – para oferta a clientes – baseado na obra “Os Maias”, de Eça de Queiroz, com o envolvimento dos trabalhadores. O resultado não só foi essa desejada publicação, como também num projeto inserido na plataforma de divulgação da literatura portuguesa, que envolve uma obra ilustrada d´Os Maias e uma curta-metragem.

 

A curta-metragem já faz parte do plano nacional de leitura e é divulgada e partilhada online nos manuais dos professores do ensino secundário, com o intuito de estimular os alunos para a leitura da obra.

Um tributo ao escritor Eça de Queiroz. Um projeto de photopainting em colaboração com Mestre Júlio Santos. Ângela Berlinde.

 

Em 2023 a DST foi distinguida pelo Top Employers Institute (é a maior empresa de certificação sobre as melhores práticas de RH em organizações em todo o mundo) fazendo parte de um grupo restrito de cerca de 2.000 empresas de 121 países.

As empresas são pessoas que devem atuar com um propósito, definido pelos seus acionistas, e dirigidas por um maestro que vela pela seu contínuo alinhamento e prossecução.

Building culture by José Teixeira: um propósito inesperado para um grupo com base na construção e indústria com um distinto e reconhecido maestro “empreiteiro“.

 

Podcast aqui

O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer.

 

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