Uma empresa familiar para sobreviver no longo prazo tem de ter ideias e não estagnar no tempo.
Num negócio familiar a participação da Família, enquanto entidade detentora ou controladora do seu capital, é uma constante. A forma e a influência dessa ligação varia muito de Família para Família e de Empresa para Empresa.
Se por um lado existem Famílias verdadeiramente organizadas para discutir, analisar a atividade da empresa e propor cenários evolutivos, reunindo periodicamente para esse efeito, outras fazem-no de uma forma mais ad-hoc: quando a isso solicitadas pela própria empresa ou, no seu limite mais extremo, abdicando desse potencial contributo delegando-o na própria gestão da empresa.
O estudo da Egon Zehnder analisou esta questão perguntando aos participantes no inquérito se era a Família ou a Gestão quem proporcionava as principais grandes ideias relativas ao futuro do negócio empresarial.
As respostas globais salientaram que somente em pouco mais de 26% dos casos era a Família e, quando analisadas as respostas das dos detentores de Empresas Familiares, estes consideravam que em 65% dos casos era a gestão.
Apesar de se considerar que as entidades familiares, na sua maioria, são conduzidas por órgãos que integram familiares (por vezes exclusivamente), estes dados refletem uma grande delegação da liderança nos seus líderes e, consequentemente, um maior nível de profissionalização da empresa.
João Azevedo inspirando-se numa tradição de secar fruta ao sol para a conservar, que via a sua avó repetir, decidiu industrializar este conceito secular. A Frutaformas corporiza esta ideia de negócio: fruta desidratada, variada, pronta a levar e a comer, embalada em atraentes recipientes, etc.
Esta inovação consegue tem a valia de relevar dois pontos muito atrativos: aproveitar a abundância de fruta disponível na zona do oeste e criar um novo conceito de consumir fruta de forma saudável.
A associação da Azevagro – empresa produtora onde João é sócio gerente, à NSprojects – onde Anabela Sá é sócia gerente e especialista em marketing e vendas, resultou num consórcio que promete revolucionar e tornar moda o consumo de fruta.
Temas para reflexão:
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Quem define as grandes ideias do nosso negócio?
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Existe uma maior preponderância da opinião dos familiares ou dos gestores?
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Incentivamos as pessoas da família a contribuírem de uma forma mais ativa para a geração de ideias?
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.