Uma caraterística cada dez mais visível em Empresas Familiares é visualizada na existência de pessoas externas à Família nos seus órgãos de gestão de topo.
A tradição já não é o que era!
Com a evolução dos tempos e o crescimento natural do negócio, é muito natural que a Família associada à empresa não possua elementos suficientes ou com todos os perfis profissionais que a mesma exige. Pelo menos neste contexto é deveras justificável recorrer-se a pessoas externas competentes e de grande confiança.
As respostas ao estudo da Egon Zehnder só de forma muito residual é que refletiram o desacordo na integração de executivos não familiares na gestão da empresa, sendo praticamente irrelevante no caso da Europa.
Estes dados acabam por refletir a real e vontade última de uma Empresa Familiar: a sua continuidade sob controlo da Família – o que, muitas das vezes e até de forma mais eficiente, pode ser assegurado com uma planeada e adequada integração de profissionais externos e independentes da Família.
A Lameirinho é uma empresa Vimaranense, de Pevidém, fundada por Joaquim Coelho Lima, em 1948.
Possui uma capacidade produtiva na ordem das 12,5 milhões de peças anuais que são o resultado da aposta no design e inovação, com equipas em Barcelona e Guimarães, e que podem ser encontradas nos 5 continentes.
Muito focalizada nos “têxteis da cama” – lençóis de marca própria ou para nomes como a Gant ou Zara Home e Ralph Lauren.
Atualmente a gestão da empresa é assegurada exclusivamente por pessoas da família: da 2ª geração está Albano Coelho Lima e, da 3ª, os seus filhos Paulo e Miguel. Em períodos passados chegaram a ter na administração duas pessoas externas à família. Não se justificando a sua inclusão atual, estes gestores possuem contudo pessoas de confiança, que exercem funções de conselheiros e até assumem lugares chave como sejam a Direção-geral ou as áreas Financeira e Industrial.
Com o intuito de separar os negócios e a família, impuseram-se a si mesmos uma regra: a sociedade não pode inclui familiares dos administradores, primos, sobrinhos, cônjuges ou cunhados.
Temas para reflexão:
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Quais são as funções cruciais na nossa empresa?
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Possuímos familiares competentes para as assumir?
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Estamos preparados para integrar elementos não familiares em cargos de topo?
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.