A felicidade dos filhos é o que todos os pais no seu íntimo pretendem.
No caso dos empresários familiares, este desejo é também uma realidade e, apesar da vontade intrínseca da sua maioria passar por reunir todos os seus descendentes na empresa, já existem muitos que percebem ser essencial que os eles possam encontrar os seus próprios caminhos profissionais.
O estudo da Egon Zenhder mensurou esta particularidade obtendo os seguintes resultados das respostas dos inquiridos que trabalham ou já trabalharam em empresas familiares: 50% por cento não possui planos para auxiliar os familiares que não trabalhem na empresa, em contrapartida das cerca de 1 em cada 3 que o fazem e das restantes que estão a pensar em fazê-lo.
Enquanto bons profissionais devemos ter a consciente noção que ter os familiares a trabalhar na empresa é importante, desde que seja por sua real vontade e não por qualquer imposição mais ou menos expressa.
O novo MasterChef do Canadá, o luso-descendente David Jorge, disse à agência Lusa “Obrigado a todos os portugueses pelo apoio, sinto-me orgulhoso de ser um MasterChef português. Fiz pelo menos um prato português para justificar o orgulho que tinha em ser luso-canadiano”, afirmou David – 39 anos e filho de emigrantes do Pico (Açores).
Vive em Surrey, na Colúmbia Britânica, na costa oeste do Canadá – venceu no dia 24 de maio a segunda edição do concurso televisivo MasterChef do Canadá inspirando-se na sua mãe, Maria Jorge. “Ela fez um bom trabalho ao criar-me e alimentar-me quando era mais novo, com gastronomia portuguesa, com amor. Vem tudo daí”, explicou. Apesar da influência, referiu: “Agora já comecei a preparar comida portuguesa à minha maneira. Não é igual à da minha mãe, mas ao meu estilo”.
O prémio monetário final do valor de 100 mil dólares (73 mil euros) vai permitir que concretize um sonho, o de abrir o seu próprio restaurante, o principal motivo que o levou a participar no concurso.
“Queria ganhar este concurso porque sempre quis estar no ramo dos negócios. Adoro cozinhar, e esta vitória agora dá-me credibilidade para o fazer. Foram sete semanas muito difíceis, mas valeu a pena, a viagem começou agora”, sublinhou.
O luso-canadiano também prometeu continuar a trabalhar na empresa de construção civil, juntamente com o seu irmão, que foi fundada pelo seu pai em 1976 e está dedicada à instalação e reparação de construções em cimento.
“Eu pertenço à segunda geração no negócio, do qual estou muito orgulhoso, mas eu queria um restaurante, pelo que entrar neste concurso era uma forma de ajudar a concretizar este sonho meu e da minha esposa Tannis”.
Temas para reflexão:
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O que é realizaria profissionalmente cada um dos nossos familiares?
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Vamos emergi-los na nossa empresa ou apoiar os seus sonhos?
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Como Família Empresária podemos ou devemos apoiar estas iniciativas?
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.