A cidade de Viseu acolhe, no próximo dia 1 de outubro, a segunda conferência do ciclo “Empresas Familiares”, organizada pelo JN e TSF, em parceria com a EFConsulting e a Citroën, que principiou em julho, na Maia, e vai percorrer mais três cidades: Braga (28 de outubro), Coimbra (26 de novembro) e Santa Maria da Feira (29 de janeiro).
Desta feita, o debate aborda o tema “A relação com os acionistas e a sucessão na Propriedade da Empresa Familiar” e terá como oradores Rita Lobo Xavier, jurista especializada em Direito da Família e Direito das Sucessões, e António Nogueira da Costa, sócio fundador da EF Consulting e docente universitário com larga experiência no desenvolvimento de protocolos familiares. Também haverá espaço para uma mesa redonda com vários empresários para discussão e partilha de experiências na área dos negócios.

À escala Mundial

As empresas familiares desempenham um papel fundamental na economia à escala mundial. O seu sucesso ou insucesso está muito pendente de como a sua sucessão foi sendo trabalhada por quem está em vias de passar o poder para outras mãos. Não faltam exemplos de empresas que se mantém na mesma família ao longo de séculos, passando de geração em geração com grande vigor, crescendo para lá do alguma vez sonhado pelo seu criador.

Em 718, Hoshi Ryokan nunca imaginou que o seu modesto hotel um dia seria considerado o mais antigo do Mundo, tendo passado já por 46 gerações da mesma família.

Nem a família Antinori sonharia que iria produzir vinhos de excecional qualidade, na Toscana, desde 1385.

Que os Berreta ao cabo de 489 anos continuariam a fabricar armas.

Ou que o grupo Saint Gobain, um dos cem maiores grupos industriais do Mundo, estaria a celebrar, em 2015, os 350 anos.

Evitar processos lentos e morosos

Mas, nem sempre a sucessão é tão bem acautelada e, anualmente, são muitos os casos de partilhas a entupir os tribunais por falta de entendimento dos herdeiros. Processos que muitas vezes se arrastam anos a fio, até já pouco, ou mesmo nada, haver para dividir.

Só em Portugal, as empresas familiares são detentoras de entre 70 a 80% do tecido empresarial, contribuindo para 60% do emprego e 50% do Produto Interno Bruto. Números mais do que expressivos da importância que esta área desempenha na sustentabilidade económica do nosso país.

Ao promover formas de entendimento em momentos fraturantes, tais como a divisão do património, está-se a acautelar o futuro destas empresas e a subsistência de milhares de outras famílias que dependem diretamente do seu sucesso.

 

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