Numa ausência súbita do CEO existe plano para a sua substituição?
Na grande maioria das empresas familiares, o CEO (Chief Executive Officer) é o rosto e o timoneiro da sua condução executiva. A evolução da organização e a sua continuidade são indissociáveis do seu comportamento individual e, quando existente, da equipa de gestão sociedade.
O que fazer perante uma eventual ausência do líder?
Para além da competitividade da organização nos mercados onde se encontra a operar, uma das expectativas de todas as partes interessadas é que a empresa possua um plano de preparação e de eventuais candidatos a assumir esta importante função.
O estudo da Russel Reynolds perguntou aos participantes se a sua entidade possuía algum plano de emergência de reação ou substituição do seu principal gestor. De acordo com o país dos inquiridos, os resultados afirmativos são bem distintos:
- Uma média (enganadora) de cerca de 35% para os quatro países;
- Um mínimo de 18% nas entidades italianas;
- Um máximo de 62% e França;
- Cerca de 32% para Espanha.
Nas sociedades de menor dimensão esta menor preparação é compreensível; contudo, nas entidades com estruturas mais profissionais espera-se que exista uma real preocupação de desenvolvimento de cenários de emergência.
As situações de ausências inesperadas são, por si só, muito dolorosas e de difícil ultrapassagem, pelo que se existir pelo menos uma alternativa elencada, poderão ser enfrentadas de uma forma mais assertiva.
A empresa Faria & Branco, constituída em 2001, dedica-se à construção civil, armaduras de ferro e de aço e serviços de carpintaria para cofragem; emprega mais de 60 trabalhadores e tem por clientes muitas das maiores empresas nacionais do setor.
Em setembro de 2016, Nuno Branco, sócio gerente da empresa, estava à baliza num jogo de futebol de salão com os amigos quando caiu inanimado.
Apesar da sua idade de 40 anos e ser um praticante assíduo de futsal e BTT, não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória que o vitimou e deixou órfãos dois filhos menores.
Temas para Reflexão:
- Quem é o principal líder da nossa empresa?
- Em caso da sua ausência prolongada quem opoderá substituir?
- Essa pessoa (ou pessoas) está minimamente preparada para assumir as principais funções?
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.