O CEO, seja homem ou mulher, deve ser uma pessoa devidamente habilitada e preparada para implementar a visão dos acionistas duma empresa.
A sua substituição, em especial nas empresas familiares, deve ser um processo devidamente preparado, começando desde logo na seleção dos potenciais candidatos.
O estudo da Ernst Young “Women in leadership”, inquiriu os participantes se estariam a ponderar ter uma mulher como CEO da sua empresa.
Dois países europeus – Espanha e Alemanha – ocuparam os dois lugares cimeiros, ao pontuar com 5 numa escala de 7 pontos. No outro extremo, os Estados Árabes do Golfo são aqueles mais distantes de ponderar ter uma mulher a liderar as suas empresas, seguindo-se o Canadá, Coreia do Sul e Bélgica.
Uma curiosidade relacionada com a localização geográfica no globo terrestre, encontram-se países dispersos por toda a escala de respostas, sendo que a parte central das mesmas inclui países de 4 dos continentes.
Independentemente do género da pessoa que lidera, a coexistência de equipas mistas permite uma muito maior diversidade na formulação de distintos cenários e um debate bem mais rico e potenciador de mais e melhores soluções para a empresa.
A Dielmar foi fundada em 1965 por 4 sócios: os irmãos Hélder e Ramiro, filhos do alfaiate José Marques Rafael, e dois dos seus colegas de trabalho – Mateus e Ramiro -, a partir da visão de que o futuro passaria pela produção em série.
Sete anos após o arranque tiveram de construir novas instalações, optando pelo local onde ainda hoje se encontram – em Alcains, Castelo Branco -, o que denota o sucesso alcançado.
O período de 4 anos, em torno da mudança de século XXI, ficou marcado por duas grandes iniciativas: a implementação e certificação do sistema de qualidade e a criação da marca e abertura da primeira loja própria – no Centro Comercial Amoreiras. Estes dois impactantes projetos foram coordenados por Ana Paula Rafael, que tinha sido convidada pelos sócios, em 1998, para integrar a administração do grupo.
As divergências relacionadas com a visão estratégica da empresa levam-na a abandonar a empresa ao fim de 3 anos. Este afastamento foi interrompido em 2008, ano que que regressa à empresa, novamente a convite dos acionistas, passando a desenvolver e a implementar os projetos ambicionados para a empresa.

O Conselho de Administração da sociedade é presidido por Hélder Rafael (que, entretanto, comprou a maioria do capital da empresa) e a equipa executiva é liderada por Ana Paula, da qual faz parte também o irmão Luís, conduzindo o destino de mais de 400 pessoas (cerca de 90% mulheres) e uma faturação superior a 13 milhões de euros em produtos que estão disponíveis em 30 mercados.

A vida de Ana Paula não tem sido um mar de rosas: teve um acidente grave aos 14 anos e assistiu ao desaparecimento prematuro do seu marido; cedo saiu da sua área geográfica de conforto e foi para Lisboa para se formar em direito, regressando anos mais tarde para se dedicar aos negócios, quer como advogada independente quer como gestora na empresa nos últimos anos.
Possui duas filhas de quem espera poder assistir à sua realização profissional e netos. A estas herdeiras deixar dois enormes legados: os valores com os quais foram educadas pelos pais e a responsabilidade da posse patrimonial de uma parte da empresa que veste o Benfica, a seleção nacional de futebol e é um polo centralizador da vida de muitas dezenas de famílias.
Temas para reflexão:
- Qual a percentagem de mulheres nos cargos de maior responsabilidade na nossa empresa?
- Quais foram os principais fatores que originaram esta posição?
- Estamos disponíveis e a preparar a uma maior participação feminina em funções de liderança?
Rica coisa. Acho muito bem que possam ocupar os mesmos cargos, desde que sejam igualmente Capazes-Preparadas,
No caso da Sra. da Dielmar, parece-me que nas suas opiniões sobre as leis do trabalho, em que diz que os trabalhadores mais antigos não servem para as modernizações necessarias, básicamente propondo “deita-los fora”. Quando muito, que os restantes trabalhadores do país os sustentem até a idade prevista para a reforma, pergunto-me se:
1) Esta senhora quer justificar o seu posto (eventualmente não se sentindo à altura) mediante a miséria alheia.
2) Não é assim tão mulher, não possuindo assim compaixão nem empatía alguma pelo próximo, no seu caso provavelmente sejam empregadas do sexo femenino.
3) Por ser mulher, conforme algum autor que lí e que, defendia o “Masculinismo”, não como ainti-“feminismo”, mas como o seu complemento, todos os cargos deveríam ser cedidos-entregues às mulheres. Começando pela política, pois têem muito mais geito a enganar e mentir. Sería assim uma excelente “emulação” do Sr. Belmiro de Azevedo, em generosidade, honestidade, leadade e compaixão
Tudo muito bom e promissor, mas ao fim de pouco tempo deixou uma dívida de 8 milhões de euros e a empresa na falência. Em dois anos alguém que sabe verdadeiramente gerir conseguiu meter a empresa a dar lucro.. com os mesmos trabalhadores.