4. O meu pai perguntou-me pela centésima vez se eu queria trabalhar na empresa da Família. Para mim a empresa é um bom negócio e oferece boas oportunidades, contudo, tenho receio de, ao juntar-me à empresa e se decidir que não gosto de lá trabalhar, não conseguir sair – nem me imagino a dizer ao meu pai que não gosto do negócio ao qual ele dedicou toda a sua vida. É um verdadeiro dilema. Querem aconselhar-me?
Muitos dos familiares das gerações mais jovens sentem os mesmos receios.

Conhecemos alguns que evitaram integrar a Empresa Familiar com receio de caírem numa “armadilha”. Mas também conhecemos outros que se juntaram à empresa controlada pela Família e, realmente, se sentiram “encurralados” e, por essa razão, vieram mais tarde a arrepender-se.

O nosso conselho é para que seja o mais sincero e frontal possível com o seu pai.

Conte-lhe os seus interesses e as suas preocupações. Pensamos que ele compreenderá.

Na verdade, os pais devem ajudar os seus filhos a ultrapassar os seus medos dizendo: ” O mais importante é estares feliz com o teu trabalho. Cada pessoa tem as suas paixões. Se trabalhares aqui e gostares, ótimo. Se não gostares, tudo bem na mesma. Deves é sentires-te bem contigo próprio”.

Entre no negócio com a condição de, se não for o mais indicado para si, poder sair sem ressentimentos.

Não deve é acomodar-se e resignar-se à situação – o resultado costuma evidenciar duas eventualidades: uma insatisfação e baixa produtividade pessoal e um impacto negativo para a empresa.

 

Nota: Este texto faz parte da coluna “Empresas Familiares – Perguntas e Respostas“, publicada no jornal “Metal” de 31 de julho de 2015

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