Devemos despedir um familiar por afinidade, excelente trabalhador, porque rompeu os laços que o ligam à família proprietária?

 

10. A minha irmã acaba de se separar, num processo litigioso e que gerou uma relação de mal-estar de todos com o meu ex-cunhado. No entanto ele trabalha na empresa da família e numa função relevante e para a qual não temos substituto imediato. Não será melhor procurar chegar a um acordo de rescisão laboral?

 

As relações familiares, num processo como o apresentado, acabam sempre por ter um determinado nível de influência nas decisões empresariais. Como as relações dificilmente voltarão a um nível aceitável, parece ser mais confortável para todos, nomeadamente para ela e para a empresa, definirem e implementarem um processo de sua substituição.

Existem duas grandes vias para o fazerem:

  • assumindo a posição com total transparência, envolvendo a pessoa até mesmo no desenho de uma solução, com limite temporal bem definido, e que passará pela preparação um novo elemento;
  • ou, não sendo exequível, identificarem desde logo um substituto (interno ou recrutado ao exterior – se for possível encontrar alguém com o perfil e conhecimentos adequados será o melhor) e integrá-lo de forma imediata e intensiva, para começar a exercer as funções e minimizar os efeitos da alteração.

Sendo as duas opções possíveis, deve-se analisar e ter plena consciência de qual terá impacto menos pernicioso na atividade da empresa, em especial numa perspetiva de longo prazo.

 

Nota: Este texto faz parte da coluna “Empresas Familiares – Perguntas e Respostas“, publicada no jornal “Metal” de 26 de fevereiro de 2016

 

 

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