O Instituto da Empresa Familiar realizou o XXIII congresso da Empresa familiar nos dias 26 e 26 de outubro, em Madrid.
“La Fuerza de la Recuperación” foi o tema base do congresso das empresas familiares, relevando a importância de pensar e atuar para e construir o futuro.
Na abertura Filipe VI, Rei de Espanha, salientou:
- As empresas familiares são um pilar essencial da sociedade e uma importante fonte geradora de emprego e riqueza.
- Valores – a razão de ser das empresas familiares – firmes e de longo prazo com negócios pensados em termos sustentabilidade e de continuidade ao longo das gerações.
- As famílias têm de encontrar forças para ultrapassar os atuais desafios.
(10 minutos que merecem ser apreciados)
Principais conclusões do 1º dia (26/10):
- Nos momentos difíceis as empresas familiares demonstram a capacidade de resistência e vontade para unir forças e encontrar soluções.
- Uma característica inerente à empresa familiar é criar simultaneamente prosperidade económica e valor social.
- A empresa familiar conta com um sistema de valores próprio da família, com uma forma distinta de estabelecer relações de longo prazo com fornecedores e clientes e de relacionamento com a comunidade na qual operam.
Principais conclusões do 2º dia (27/10):
- A incorporação de critérios de sustentabilidade, sociais e de governo corporativo na agenda das empresas familiares é uma estratégia que ajudou a gerir a crise e continuará a ser um fator diferenciador.
- Sem um tecido produtivo sólido não haverá recuperação possível. Na conservação desse tecido produtivo as empresas familiares estão a desempenhar um trabalho fundamental, assumindo-se como motores da economia nacional e principais geradoras de emprego.
- O uso eficiente e efetivo dos fundos europeus contribuirá para incrementar a competitividade do tecido produtivo espanhol, criando um marco favorável ao crescimento empresarial e ao investimento.
Por último, num questionário efetuado aos participantes no congresso, permito-me destacar os seguintes elementos:
- Resultados de 2020: reinvestir na empresa os: 58%; dividendos: 2%
- Emprego: manter – 63%, reduzir – 27%
- Direcionamento dos fundos europeus: 1. Infraestruturas; 2. Digitalização e novas Tecnologias
- Plano de sucessão na empresa: Sim – 60%; Não – 40%
- Principal critério para eleger sucessor: Proprietário ou familiar de proprietário – 34%; Competências pessoais – 27%; Experiência na empresa – 21%
- Principal objetivo estratégico da empresa: 1. Aumentar dimensão; 2. Assegurar a continuidade geracional
As empresas familiares são realmente distintas e merecem o devido reconhecimento.
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.